Getting over the wobble
OK. I've got to get over this blog crisis I'm having where I just can't writing anything. What happened to me today reminded me of why it can be complicated.
I'm close to being a nobody in Portugal. Or rather, officially I'm a nobody. In other words I don't have any papers (especially carimbada) that say what I'm good at, what I believe in, what I strive for, what I am passionate about, what I dedicate my life to. Therefore I'm not. It's that simple.
If I write my story in Portuguese I need to contextualise that tantos papeis, tantos provas de competência não é uma norma em muitos partes do mundo, incluindo os países que tem uma sistema de alto produtividade e eficaz.
Se eu escrevo o meu estória em inglês tenho que contextualisar que you must have a piece of paper and a stamped certificate, by a recognised authority, to prove that you are competent in something.
I completed a formulário today for some work that involves teaching online. But because I don't have the requisite papers, my formulário remains empty. Supposedly i don't know enough about pedagogy or learning or training or ... anything I'm good at. My life didn't fit in the formulário.
Eu sei, se és Português estás a dizer - mas a problema é tua. Deve ser chato mas não é tão difícil recolher, preencher e/ou entregar. Vives em Portugal, são os nossos leis que tem que ser cumprido. So fazes, ou paga as consequências. É obvio!
And if I'm writing in English I say that I don't have a mindset which pays attention to getting certificates that may (or may not) represent what I've done - I'm too busy learning and doing. And to many people - that will be obvious.
So depending on who I'm talking to on my head I will frame the problem in a different way. And who I am talking to in my head is often represented by people who speak different languages. But the different languages represent different world-views and different taken-for-granted assumptions - so I need to do different contextualising. And if you get different feedback from different communities that you are invested in about "who you are" then it can get wobbly somethimes.
I'm close to being a nobody in Portugal. Or rather, officially I'm a nobody. In other words I don't have any papers (especially carimbada) that say what I'm good at, what I believe in, what I strive for, what I am passionate about, what I dedicate my life to. Therefore I'm not. It's that simple.
If I write my story in Portuguese I need to contextualise that tantos papeis, tantos provas de competência não é uma norma em muitos partes do mundo, incluindo os países que tem uma sistema de alto produtividade e eficaz.
Se eu escrevo o meu estória em inglês tenho que contextualisar que you must have a piece of paper and a stamped certificate, by a recognised authority, to prove that you are competent in something.
I completed a formulário today for some work that involves teaching online. But because I don't have the requisite papers, my formulário remains empty. Supposedly i don't know enough about pedagogy or learning or training or ... anything I'm good at. My life didn't fit in the formulário.
Eu sei, se és Português estás a dizer - mas a problema é tua. Deve ser chato mas não é tão difícil recolher, preencher e/ou entregar. Vives em Portugal, são os nossos leis que tem que ser cumprido. So fazes, ou paga as consequências. É obvio!
And if I'm writing in English I say that I don't have a mindset which pays attention to getting certificates that may (or may not) represent what I've done - I'm too busy learning and doing. And to many people - that will be obvious.
So depending on who I'm talking to on my head I will frame the problem in a different way. And who I am talking to in my head is often represented by people who speak different languages. But the different languages represent different world-views and different taken-for-granted assumptions - so I need to do different contextualising. And if you get different feedback from different communities that you are invested in about "who you are" then it can get wobbly somethimes.
2 Comments:
Pois! de repente parece estar aqui alguém perdido...
Ninguém pertence a nenhum lugar, nenhum lugar é de ninguém mas, estas palavras são verdades maiores para uns que para outros.
Em todas as sociedades isto acontece de alguma maneira mas talvez em Portugal isso seja mais visível porque até há poucos anos atrás não havia quase imigrantes e os estrangeiros eram vistos como bichos raros.
Acho que as coisas estão a mudar mas muito devagar.
As regras implicitas ou explicitas acabam por dificultar muito a integração e percebo bem o que é estar numa comunidade onde sentimos que nos vêem como algo estranhos. Depois tudo o que existe está parametrizado para alguém que não somos nós! Sentimo-nos que nos vêem quase sempre como alguém de outro lado ou quando muito alguém que está na fronteira. É Fabuloso estar na fronteira porque podemos ver os dois lados! Claro que temos alguns dissabores mas...temos também satisfações porque podemos integrar coisas dos dois lados, aprender mais e depois espalhar esse conhecimento! isto é o que faz sentir que vale a pena.
O pior é que queremos fazer coisas e interagir e mostrar perspectivas diferentes e construir pontes! e deparamo-nos com uma série de obstáculos difíceis de tranpor e que nos causam angústia.
Uum blog é um bom instrumento para fazer isso: partilhar ideias que talvez não interesem a muita gente mas haverá sempre alguém a quem interessa. E pelas interacções com essas pessoas vale a pena!
Gosto deste blog, e considero que duma maneira assistemática mas muito bonita, permite viagens ao sabor do pensamento, dos impulsos, dos estados de alma, do autor.
Gosto porque me dá sempre uma perspectiva diferente de coisas que já vi ou de "sítios" porque passei mas onde havia flores que não vi, perfumes que não senti, pedras em que não tropecei, enfim o mesmo lugar torna-se num lugar novo que quero revisitar!
De resto, nem tudo é fácil, há sempre constransgimentos, injustiças, dificuldades...
É bom quando deixamos um pouco de nós nos sítios em que passamos, nas coisas em que tocamos.
Obrigado pelas mensagens, eu vou continuar a ver, por isso espero que venham mais em Breve! Pela minha parte prometo comentar...
Obrigada pelo comentário!
Há coisas que perecem pequenos, mas que fazem a diferencia.
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